Factos Fictícios

Thursday, September 15, 2005

MEDO Comics - Chaotic Plans


M.E.D.Ø.™ comics!
- STORY - ©


CHAOTIC PLANS®


Estávamos em 2047. A instabilidade política global podia a qualquer momento desencadear a terceira guerra mundial. As duas hipotéticas frentes seriam o Ocidente, designado pela sigla D.O.N. - Democratic Ocidental Nations - , e o seu eterno oposto o Oriente, representado pela sigla C.A.S. - Comunity of Asia States. Incompreensivelmente o copo ainda não tinha transbordado. Os governadores conseguiam a todo custo evitar O Conflito. Áreas neutrais como a Oceania e a zona central dos Alpes faziam os possíveis para ficar de fora e para acalmar as nações vizinhas. Mas era em vão. O que poderia atenuar tal confronto à escala planetária?
Finalmente, a última gota pingou. A 15 de Março de 2047 as tropas anfíbias especiais da DON tentaram forçosamente recuperar parte dos territórios perdidos do Oeste da província Australiana. Mas um sistema de defesa bem elaborado e a falta de colaboração da população local levou ao fracasso da missão. A resposta dos Orientais foi o que há muito se esperava. Faltava-lhes apenas um pretexto para invadirem a Sovietnia para lá dos montes Urais. Esta região carecia de defesas e tinha sido até agora poupada para evitar O Conflito. Apenas as ilhas Britânicas e as penínsulas Ibérica e Itálica resistiram. Todo o resto da Europa, incluindo as áreas neutrais dos Alpes, foi conquistado. Da sede da DON vieram ordens imediatas para ripostar. A Europa tinha que ser recuperada. A posse por parte da CAS da maior parte do continente europeu punha em risco toda a indústria pesada residente em África. Se a África caísse nas mãos da CAS a guerra estaria por certo perdida. Foi secretamente transmitido ao governador Escandinavo um pedido de resistência. Este devia aguentar o máximo de tempo possível as tropas Orientais para facilitar um contra-ataque surpresa via mar pela Germánia. Mais uma vez as tropas ocidentais debateram-se com uma bem estruturada defesa. As expectativas dos generais da DON não foram concretizadas e as guerrilhas na Europa continuaram durante meses.
Às 02:59 p.m. do dia 10 Agosto de 2047 o comité de decisão da DON foi reunido de emergência. Os serviços secretos tinham descoberto uma base nuclear totalmente operacional e pronta para atacar as principais cidades norte-americanas. Não havia dúvida. A CAS faria qualquer coisa para vencer, mesmo que implicasse o uso de armamento nuclear altamente nocivo para o planeta.
Então, o já desenvolvido M.A.D. foi finalmente aprovado pelo conselho de guerra. O M.A.D. - Molecule Amplifying Device - consistia num aparelho de reduzidas dimensões capaz de expandir os espaços entre os átomos de uma molécula com tamanha potência que um cubo de chumbo com um centímetro de lado era suficiente para destruir uma cidade inteira só com a sua explosão. Rapidamente foi construído um satélite possuidor de um MAD. Este foi o primeiro satélite bélico a ser posto em orbita. Ignorantes de tal tecnologia os investigadores da CAS preocuparam-se mais com a actividade terrestre e não tanto com a sideral de onde viria o verdadeiro perigo. No nono dia de Dezembro MAD-Sat disparou sobre Tóquio, a capital de CAS, mais precisamente sobre a Arcologia Jardim (Garden Archology). Destruiu com uma só rajada a Water Land 6, os subúrbios de Tóquio e sete mais Arcologias.
Quinze minutos depois o MAD-Sat foi realinhado e apontado para a zona com maior densidade populacional da China. Mais uma vez disparou. O seu terceiro ataque, destinado à Índia, foi finalmente interceptado por um míssil trans-atmosférico e o satélite destruído - vítimas imediatas: 1.530.000.000 mortos. A CAS não permaneceu sem protesto. Disparou os seus mísseis nucleares atingindo as principais cidades norte-americanas - Nova Iorque, Washington, Los Angeles, Chicago e Silicon Valley - vítimas imediatas: 0.358.000.000 mortos.
Sucessivos contra-ataques foram devastando a civilização e a intensa guerra biológica encarregava-se de eliminar os sobreviventes. Ao fim restavam cerca de treze milhões de pessoas. A guerra tinha terminado quando já não havia mais nada por que lutar. O planeta tinha sido fustigado por radioactividade e repleto de vírus assassínios. Os sobreviventes evoluíram para um novo estágio, o "homo futurus". Possuíam uma inacreditável resistência à radioactividade e estavam providos de anticorpos capazes de defender o organismo de todas as doenças conhecidas. Porém não foi isto que definiu a transição para um estágio mais avançado. Estes homens eram extremamente fortes e dotados de capacidades intelectuais que o "homo sapiens sapiens " apenas sonhou possuir. A Telepatia, a Mente Sobre a Matéria e a Transmutação podiam ser agora aprendidas pelos mais capacitados.
Mas enquanto o Homem evoluiu a Terra "regrediu". Cataclismos regulares impediam a construção de residência ou industria debilitando assim o desenvolvimento da tecnologia. Rápido se constatou os efeitos indesejáveis que o M.A.D. tinha provocado. Não só danificara a superfície do planeta mas também o seu interior. O facto de o seu raio destruidor ter sido apontado a Tóquio, situada numa acentuada falha tectónica, estimulou a actividade vulcânica em todo o globo. O mundo como o conhecíamos deixou de existir. Os continentes reformaram-se e os oceanos moldaram-se a uma nova costa o que não acalmou o clima. Muito pelo contrário. A atmosfera era palco constante de furiosas intempéries que no melhor dos casos destruíam tudo à sua passagem. Estudos feitos pelos cientistas apontavam para a existência de uma “Terra Calma” algures onde era anteriormente o meio do oceano Pacífico. A população foi transferida para esse pequeno continente chamado mais tarde de Kudos – orgulho, triunfo, glória.
Efectivamente esta era a única zona do planeta que possuía um clima propício à vida. Todo o resto parecia insuportável mesmo para este tipo de "super-homem". Um clima relativamente ameno foi fundamental para o desenvolvimento social. Fizeram-se planos para a construção de uma sociedade perfeita que iria fazer coabitar toda a população dentro de uma gigantesca pólis. Este projecto foi denominado por Utopolis. Tinha em vista satisfazer todas as necessidades humanas e evitar futuras guerras e conflitos. Dois quintos do espaço disponível foram designados para a construção urbana - residência, cultura, desporto e lazer - , um quinto destinava-se à industria e dois quintos à agricultura e recolha de matérias primas. A imediata necessidade de uma estrutura civil obrigou o projecto a avançar mais rápido do que devia. Erros de engenharia começaram a ser detectados tarde de mais nas construções. A falta de princípios e de conhecimentos fizeram com que complexos inteiros ruíssem pouco tempo depois de completados. O projecto inicial foi abortado e chegou-se à tardia conclusão de que apenas um quarto do território podia ser imediatamente ocupado. Isto significava deixar de fora 75% da população. A revolta implantou-se nos que tinham colaborado conjuntamente numa causa e não beneficiavam dela. Não foi obtida a pacificação mas sim O Conflito. Um novo conflito que se iria prolongar por décadas.
Utopolis era agora uma cidade fechada e extremamente protegida. Sucessivos ataques eram protagonizados pelas forças rebeldes que se tinham organizado independentemente. A este de Kudos impunha-se a Utopolis. No norte, os dois estados fronteiriços: a Nação da Garra Sangrenta - Bloody Fang - e a Comunidade de Cidades Civilizadas - C.C.C. - . Mais a oeste a gigantesca península de Kudos albergava o Reino de Ossecus - Ossecus Kingdom - altamente industrializado. A sul da mesma península preparava-se a construção da Nova Utopolis – New Utopolis – de responsabilidade dos mesmos construtores da Utolpolis, O Imortal Imperador Dvórak.
Mais uma vez atingira-se a instabilidade política. Estariam todos os Kudianos sentenciados a sofrer tanto como os anteriores habitantes do planeta?
Poderia ser O Conflito evitado?
Antes de tudo era preciso evitar outros pequenos conflitos...

CHAOTIC PLANS®


Argumento e Ideia Original:
Hugo Marques

Desenvolvimento cooperativo:
Vasco Cardoso

Agradecimentos especiais:
Todos os que colaboraram na criação desta história e que serviram com o seu comportamento singular de inspiração para os autores: 7º,8º e 9ºB, Bat, 2MNB, etc.

Tuesday, September 13, 2005

Obrigado

Antes de mais, obrigado pelos comentários.

Posso já adiantar que vou começar por postar as primeiras histórinhas relativas ao 7º ano de escolaridade, da autoria de Hugo Marques, com o meu desenvolvimento cooperativo, como o próprio autor indica.

Quanto à "literatura" da faculdade... ainda não está em formato informático. Por isso há que aguardar. Vou começar por passar e depois publico. Já que por aqui passam, passem também pelo blog do jornal onde trabalho actualmente. O link está nos links! :p

Ah, e tentem deixar sempre comentário. Para o fazer precisam de estar registados no blogger.

Beijos e abraços

Thursday, September 08, 2005

Factos Fictícios – magazine de estórias baseadas em histórias

Escrever uma estória é sempre um exercício de imaginação. Mas distorcer factos verídicos, exagerá-los e adaptá-los à ficção é o que sempre preferi fazer. Aliás, é no quotidiano, na vida pura e simples que estão os mais engraçados factos. Pegar nesses e inseri-los num mundo criado pela nossa imaginação é criar a nossa própria versão dos acontecimentos e dar à história a conclusão que, no fundo, sempre quisemos que ela tivesse tido.
Comecei a escrever estas “tangas” quando andava no sétimo ano. No entanto, a ideia original partiu de um amigo meu que, na altura, inseria o pessoal da turma (nós, portanto) num mundo por ele criado onde “nós” éramos os bons e os professores eram os maus. Os inimigos caricaturavam tudo o que os professores eram de facto. Na estória por ele iniciada (e nunca concluída), os amigos eram os heróis. Cada personagem foi criada à imagem do seu original, salientando o que, no fundo, eram as qualidades, manias, “cenas”, de cada um. Inspiradas nas “javardices” que protagonizávamos nas aulas, as histórias começaram a ganhar forma. Inseridos naquele mundo imaginário éramos capazes das mais fantásticas proezas. No entanto, o projecto MEDO Comics foi abandonado (ou “pausado” por tempo indeterminado).
Chegou o décimo ano e o “pessoal” separou-se. As personagens não eram acompanhadas diariamente, mas as proezas verídicas que todos realizamos dentro e fora das salas de aula ficaram para sempre na memória e são recordadas (pelo menos por mim), com saudade e como alguns dos melhores anos da minha vida. Altura em que conheci amigos para a vida.
Quando começou o novo ano lectivo estava sozinho, numa turma que não conhecia. Escrever historinhas começou por ser a maneira que tive de analisar as pessoas que me circundavam. Mas as hormonas impediram-me de levar esse projecto avante. Passei a interessar-me por outro tipo de coisas (como sair à noite e praticar a oratória), deixando de parte a escrita.

Tudo mudou na faculdade. Novamente inserido num ambiente desconhecido, a minha veia literária “tanguista” veio ao de cima. Nesta minha jornada contei com a ajuda preciosa de dois amigos que conheci na ida faculdade. Inspirados pelo livro “Os meus problemas”, de Miguel Esteves Cardoso, compilamos num mini-livro “Os Nossos Problemas”.
Este compêndio (em formato ultra reduzido e ultra-fino, para caber atrás de qualquer cómoda, quadro ou espelho) relatava os problemas que os MVN (os três estarolas autores das famigeradas estórias!) encaravam no ambiente académico.
“Os Nossos Problemas” estava dividido em vários capítulos que analisavam todas as situações por nós vividas, problemas que, de facto, atravessávamos. Com as mulheres como fio condutor, o pequeno exercício de escrita foi desenvolvido durante as aulas (é claro!). Narra acontecimentos factuais recheados por alguma ficção e exagero, a temática que sempre gostei de desenvolver. Escrevemos sobre saídas à noite, sobre festas de faculdade, sobre as mulheres, sobre as outras mulheres, sobre o eterno problema do aspecto exterior, do parecer bem, sobre as nossas tentativas falhadas de “bater coros”, sobre os cortes, sobre tudo e sobre nada.
O livro teve sequela, mais tarde, numa nova tendência da escrita MVNiana. Desta vez os factos continuavam a ser verídicos, mas as estórias ganharam novo dinamismo, transformando-se quase em romances, trágico-comédias, que nos colocavam num novo patamar de interacção dentro da vida de faculdade.
Pelo meio houve ainda vários poemas, atribuições de prémios, códigos e outras brincadeiras que nos iam ocupando o tempo. Também isso tentarei trazer para aqui.

Assim foi a vida na Faculdade. Hoje as estórias e histórias ficaram e nós avançamos. Separamo-nos, trabalhamos e, eu, recordo esses momentos, mais uma vez, com grande saudade.
Aqui pretendo deixar o testemunho de tudo o que foi feito para que todos os que me conhecem, e não só, possam apreciar esta brincadeira literária que levei a cabo, com os meus compinchas, ao longo de anos.
Sujeito a críticas e apreciações, este blog apresenta a vasta (ou não) obra literária dos MVN, com uma breve passagem pelo que fui fazendo antes, até à faculdade.

Um muito obrigado a todos e todas que me inspiraram. Sempre na mente, sempre no coração.